Pare. Pense. Ouça. Ouviu? Agora fale.

"Não existem milagres nesse mundo. Só existem fatalidades, coincidências e o que você faz."



Gostaria de indicar um documentário brasileiro fantástico; Encontro com Milton Santos ou: O Mundo Global visto do lado de cá (2006). Ele aborda o outro lado da globalização como ela acentua a desigualdade, mostra o que todo pensador já sabe - há algo muito errado com o capitalismo. A forma como os países "desenvolvidos" abusam dos países "em desenvolvimento" e como cidadania e democracia estão longe da realidade, porém mais do que apontar os problemas ele aponta pra uma solução, mostra um despertar da massa e a possibilidade da união para vencer as imposições. Enfim, documentário realmente muito bom!

Poderia meramente postar o link, mas prefiro deixar o blog em que o vi, que por sinal também é fantástico, me convenceram a ver o documentário somente com uma frase "Se você é um idealista, recomendamos esse filme!"

http://docverdade.blogspot.com/2009/03/encontro-com-milton-santos-ou-o-mundo.html

obs: deu erro inserir direto o link

Vivemos na era da mediocridade, um tempo onde o comum, onde o belo é ser desprezível. Quanto mais vazio e fútil mais legal se é. Quão estranho e insano é a pessoa que pensa por si, que questiona, que se sacrifica de algo por questões de princípios, aliás, quão estranho é o princípio. Chegam ao extremo da mediocridade ao gargalharem do diferente. Valores distorcidos. Já faz tempo que não importa quem você é e sim o que você tem, quanto maior e mais luxuosa sua casa, quanto mais caras as suas roupas melhor você é, não importa de onde vem esse dinheiro e como ele é usufruído. Quanto a quem você é, é irrelevante, pois inteligente não é mais o livre pensador, é o mais alienado, o que consegue ganhar mais dinheiro. A sabedoria foi reduzida a um papel. Imagem é uma das máximas, se você estiver dentro dos padrões estéticos aceitos e for um acéfalo é bem visto e idolatrado. Me pergunto que tempo é esse e aonde chegaremos. A tendência é piorar e está difícil imaginar pessoas mais desprezíveis e tempos mais decadentes.

Uma das perguntas mais inquietantes é " quem sou eu? ”. Muitos se perdem em inúmeros pensamentos, se dividem entre personalidades e comportamentos opostos e não entendem quem realmente são. Mas não percebem que é inútil tal pergunta. Somos seres mutáveis, não há precisão nos nossos atos, cada momento nos tornamos um novo ser. O local e as pessoas que nos cercam determinam quem seremos em tal momento. Claro que há a essência, mas ela por si só não define o comportamento. A circunstância determina como agirá. Somos animais e nos esquecemos disso. Evolução e adaptação são as leis naturais. Nos adequamos ao local e as pessoas de modo a facilitar nossa convivência. É instinto, somos instinto. A pergunta não é quem somos, mas sim o que somos. E somos animais, nada mais que isso


Crescer está proporcionalmente ligado ao abandono, temas e seres que outrora foram necessários com o passar do tempo não são nem suficientes. Do incrível ao ordinário é uma questão de tempo.
Crescer é abandonar, pois isso denota mudança e como tal, velhos hábitos são dispensados, idéias renovadas e amigos trocados, novos lugares são descobertos. O velho e reconfortante se torna pouco.
Há um abismo entre o que se tem e o que pode ter, mas há de querer tudo, dominar o máximo de conhecimento possível, visitar milhares de lugares e ter novas experiências e alguns não acompanham isso e estes serão deixados.
Surge um misto de indiferença e desprezo, conviver tão próxima a mediocridade não mais é tolerado. Repetição e previsibilidade te tornam menor. A mudança torna-se não apenas desejada, mas necessária. O fracasso e a glória são separados por uma linha bastante tênue e então chega a hora de arriscar, de sair da zona de conforto.
E quando chega essa hora as coisas gritam ao redor, torna-se insuportável adiar e então começa o processo de filtração e reciclagem. Um novo eu é criado.
Os dejetos são muitos e já foram úteis, mas isso parece há tanto tempo, indubitavelmente após esse processo acontece a mudança, a evolução e isso se repetirá por tempos,então descobre que será sempre só e então se vê livre. Todo o resto apenas ajuda na formação, mas com o tempo se extinguirão e não mais receberão importância.
Muitos se negam a tal processo, são covardes e cômodos, continuam com a mesma mentalidade que tinham a 10, 30, 50 anos atrás, se tornam velhos não só de idade, mas de espírito, perdem todo o valor e sentido, tornam-se nada.
Sabe que nada foi em vão, porém hoje não faz mais sentido, entretanto um dia fizera e assim o ciclo se repetirá. No final valerá o conhecimento, as experiências e os princípios e todo o resto provavelmente uma hora será descartado.E então cresce e então abandona.



Há algum tempo quero criar um blog e por algum motivo - desconheço se preguiça ou insegurança - eu adiei por um longo tempo. Mas finalmente cá estou. Achei que seria díficil escolher um primeiro post e que provavelmente escolheria um texto antigo, mas não foi, escolhi o mais recente e que considero bem adequado para a ocasião.

Você tem algo a dizer? Digo, tem realmente algo a dizer? Algo que mereça ser ouvido, que mereça ser lembrado? Tem? Merece o tempo gasto com suas palavras? Sabe o que diz? Diz por dizer ou tem algo a mais? Acrescenta algo? Sabe de algo? Oferece algo pelo tempo alheio roubado? Suas palavras são em vão? Escolhidas ao acaso e jogadas aleatoriamente? São verdadeiras? São suas? São você? Você pertence a elas ou elas a você? Você sabe? Já parou para pensar? Sabe o que pensa? Pensa? Diz? Sabe o que diz? Diz o que quer? Ou o que é necessário? Diz o que pensa ou o que os outros dizem? Reproduz? Inventa? Cria? Vomita palavras? Entende o valor do silêncio? Então volto a perguntar, você realmente tem algo a dizer?Que mereça ser ouvido, que mereça ser lembrado?

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Idealista,vegetariana restrita, atéia, futura psicóloga - eu espero - e acima de tudo; um espírito livre.

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