Pare. Pense. Ouça. Ouviu? Agora fale.

"Não existem milagres nesse mundo. Só existem fatalidades, coincidências e o que você faz."

Como booa adepta ao vegetarianismo tenho muuuuuito a dizer, o que estranhamente acaba por dificultar escrever, já que nunca sei direito por onde começar. Por conta disso postarei apenas algumas informações que julgo no mínimo interessantes e que creio serem um bom preparo ao tema.

Mais de 75% das doenças surgidas nas ultimas décadas estão comprovadamente relacionadas com os animais que comemos

As carnes industriais, apesar da vigilância, podem subsistir resíduos de medicamentos, pesticidas ou outros químicos

Num kg de carne de porco há de 5 a 7 gramas de fosfato, níveis acima do desejável, podendo provocar problemas renais

Há ainda incontáveis microorganismos que encontra nessa produção um ambiente perfeito para se propagarem

Segundo a organização mundial de saúde 61% dos agentes patogênicos que afetam os humanos tem origem nos animais que comemos

E mais de 75% das doenças surgidas nos 10 anos estão diretamente relacionadas com a produção intensiva

Quem come mais carne - especialmente carne vermelha - tem índices maiores de câncer e de enfarte, as duas principais causas de morte do planeta.

Uma dieta rica em frutas, legumes e verduras claramente reduz as chances de ter câncer no esôfago, na boca, no estômago, no intestino, no reto, no pulmão, na próstata e na laringe, além de afastar os ataques cardíacos.

Frutas e legumes amarelos têm caroteno, que previne câncer no estômago; a soja possui isoflavona, que diminui a incidência de câncer de mama e osteoporose; o alho tem alicina, que fortalece o sistema imunológico;

A criação de gado é responsável, a nível mundial, por 18% das emissões de gases com efeito estufa, mais do q todos os carros, aviões e barcos e comboios do planeta juntos

A pecuária ocupa um quarto da área terrestre e não pára de se expandir

A pressão para a derrubada das florestas, inclusive a amazônica, vem em grande parte da necessidade de pasto

Nos últimos dez anos, o rebanho da floresta aumentou 173%.

Se todos fossem vegetarianos, é provável que não houvesse tanta fome no mundo. Os rebanhos consomem boa parte dos recursos da Terra. Uma vaca, num único gole, bebe até 2 litros de água. Num dia, consome até 100 litros. Para produzir 1 quilo de carne, gastam-se 43 000 litros de água. Um quilo de tomates custa ao planeta menos de 200 litros de água.

Um terço dos grãos do mundo viram comida de vaca.

No Brasil, o gado quase não come grãos - graças ao clima é criado solto e se alimenta de grama. Mas boa parte da nossa produção de soja, uma das maiores do mundo, é exportada para ser dada ao gado.
A pecuária bovina estimula a monocultura de grãos. Num mundo vegetariano haveria lavouras mais diversificadas e teríamos muito mais recursos para combater a fome.

O Brasil abate 50 milhões de cabeças por ano. Cerca de 17 milhões são vendidos sem nenhum tipo de controle sanitário ou ambiental

Há no mundo 1,35 bilhão de bois e vacas. Criamos 930 milhões de porcos, 1,7 bilhão de ovelhas e cabras, 1,4 bilhão de patos, gansos e perus, 170 milhões de búfalos. Some todos eles e temos uma população de animais quase equivalente à humana dedicando sua vida a nos alimentar - involuntariamente, é claro. E isso porque ainda não incluímos na conta a população de frangos e galinhas abastecendo a Terra de ovos e carne branca: 14,85 bilhões.

Só no Brasil há 172 milhões de cabeças de gado bovino - uma para cada cabeça humana. Nosso rebanho bovino só é menor que o da Índia, onde é proibido matar vacas. Na média, um brasileiro come perto de 40 quilos de carne bovina por ano - ou seja, uma família de cinco pessoas devora uma vaca em 12 meses. Somos o quarto país do mundo onde mais se come carne bovina.

Um brasileiro médio come também 32 quilos de frango e 11 quilos de porco todo ano.

No Brasil, os bois são criados soltos. Provavelmente, essa forma de criação é menos terrível que a de países frios do Cone Sul e da Europa, onde os invernos matam o pasto e fazem com que os animais fiquem fechados em áreas apertadas, comendo só ração. Isso não quer dizer que seja o melhor dos mundos. Os animais muitas vezes passam fome, vivem cheios de parasitas e apanham copiosamente.

Para matar um boi, primeiro se dá um disparo na testa com uma pistola de ar comprimido. O tiro deixa o animal desacordado por alguns minutos. Ele então é erguido por uma argola na pata traseira e outro funcionário corta sua garganta. "O animal tem que ser sangrado vivo, para que o sangue seja bombeado para fora do corpo, evitando a proliferação de microorganismos"

Galinhas quase sempre levam uma vida miserável. Vivem espremidas numa gaiola do tamanho delas. As luzes ficam acesas até 18 horas por dia - assim elas não dormem e comem mais (isso acontece principalmente com as que produzem ovos). Seus bicos são cortados para que não matem umas às outras e para evitar que elas escolham que parte da ração querem comer - caso contrário, ciscariam apenas os grãos de seu agrado e deixariam de lado alimentos que servem para que engordem rápido.

A morte é rápida. As galinhas ficam presas numa esteira rolante que passa sob um eletrodo. O choque desacorda a ave e, em seguida, uma lâmina corta seu pescoço. O esquema é industrial. Hoje, nos Estados Unidos, são abatidas, em um dia, tantas aves quanto a indústria levava um ano para matar em 1930. Nas granjas de ovos, pintinhos machos são sacrificados numa espécie de liquidificador gigante. Parece horrível, mas é a mais indolor das mortes descritas aqui.

Os porcos não têm espaço nem para deitar confortavelmente. "São confinados do nascimento ao abate", diz Pinheiro Filho. As gestantes são forçadas a parir atadas a uma fivela, apertadas na baia. O abate é parecido com o de bovinos, com a diferença que o atordoamento é feito com um choque elétrico na cabeça e que o animal é jogado num tanque de água fervendo após o sangramento, para facilitar a retirada da pele.

No Brasil 50% dos abates são clandestinos

Fontes
Revista Visão n.º 869, de 29 de Outubro de 2009. (Portugal)
Revista Superinteressante n º 175, Abril de 2002

2 Perspectivas:

Desculpa, comentei no post errado rsrs!

Você sugeriria que matassemos todas as vacas para evitar desmatamentos, 'desperdício' de agua e menos emissão de CO2 na atmosfera?! :S

As proposições que indicam esses fatos, respectivamente, não soam como uma defesa do vegetarianismo. Pelo menos não è primeira vista.

Mas entendi o seu ponto. Não compartilho, mas entendi.

Não, não, só há um número excessivo de animais por conta da demanda na comida. Logo, ao diminuir a demanda, diminui a demanda.

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